CEBs

"GENTE SIMPLES
FAZENDO COISAS PEQUENAS,
EM LUGARES POUCO IMPORTANTES,
CONSEGUEM COISAS EXTRAORDINÁRIAS". Provérbio Africano

quarta-feira, 30 de janeiro de 2013

AMPLIADA DO REGIONAL NORDESTE 3 DAS CEB's

Caros irmãos e irmãs, companheiros e companheiras, militantes, povo de Deus que acredita e caminha em nossas Comunidades, fazendo acontecer o este Reino de Deus, tão bonito e belo. Tudo isto me deixa animado e entusiasmado em continuar a caminhada no meio do nosso povo, mesmo com tantos desafios. Esta Opção de Ser Igreja, por que não dizer, este Novo Jeito de Ser Igreja como diz o nosso Dom Pedro Casadáliga, não é fácil, mais é fazer acontecer a profecia viva, é sentir Deus bem perto da gente, como companheiro e irmão. Esta alegria eu compartilho com cada um de vocês. Durante este tempo descobrir o que é sentir o advento, estive a maior certeza que o maior milagre é a vida, algo inexplicável, uma vida tão inocente, indefesa, frágil é gerada no ventre de uma mulher, chega para deixar a vida mais bela a Ana Clara.
Estamos caminhando e formando Comunidades e animando, em todos os lugares por aonde vamos passando e para nos ajudar e animar a nossa caminhada vamos juntos fazer acontecer a primeira ampliada das nossas Comunidades Eclesiais de Base – CEB's do nosso Regional Nordeste 3 Bahia e Sergipe em 2013,nos preparando também para o 13º Intereclesial, que vai acontecer na Diocese do Crato - CE, terra do Padre Cícero, de Ibiapina, dos Cariris, tantos sofredores e sofredoras, romeiros e romeiras que encontram forças com as bençãos do Padim e de Maria das Dores.
A nossa Ampliada vai acontecer em Fevereiro entre os dias 23 e 24, na cidade de Feira de Santana- BA, chácara Santo Inácio ao lado do Colégio João Paulo II , no bairro Queimadinha, ponto referencial: Igreja Paróquia de Todos os Santos na Avenida Bahia, 185. Passando pela Avenida Maria Quitéria em direção ao Shopping Boulevard , pegando o viaduto e fazendo o retorno a primeira à direita, saindo enfrente ao Noviciado Nossa Senhora das Graças.
Dia 22 teremos uma reunião da equipe de coordenação e assessores do regional, e também acolhida de quem já for chegando, dia 23 pela manhã café da manhã e credenciamento dos participantes, ainda pela manhã vamos refletir sobre a luz do tema: Ser Igreja de CEB's nos dias atuais e o que o 12º Intereclesial nos disse? Com ajuda do Padre Luiz Miguel da Diocese de Ruy Barbosa que é um dos assessores do nosso regional. Depois já vivenciando a Espiritualidade do 13º Intereclesial, e a linguagem romeira seremos devidos em grupos que daremos o nome de Rancharias, cada rancharia terá os nossos assessores para iluminar os sub temas e pela tarde vamos ter a grande plenária e aberta a falas, que são os seguintes: As transformações da Sociedade e a vivencia da fé; As CEB's no Contexto Urbano; Uma opção pelos pobres a partir do Documento de Aparecida; Justiça e Profecia na construção do Reino e As CEB's conquistas de ontem e de hoje.  Também teremos os objetivos do 13º Intereclesial e a parte Histórica do Padre Cícero e vamos conhecer um pouco sobre a Região do Cariri local do 13º Intereclesial.
Ainda dia 23 pela noite vamos ter a Noite Cultural, momento de descontração e partilhar as riquezas da nossa Bahia, a noite cultural será organizada pela diocese de Ilhéus, tendo com referencia a Ana Maria.
Dia 24, começaremos o dia com um café da manhã e logo teremos a Missa que será presidida por Dom Itamar Vian da Arquidiocese de Feira na Paróquia de Todos os Santos. Alem da presença de Dom Ricardo Brusati bispo Referencial das CEB's do nosso Regional. Logo após teremos ainda trabalhos e noticias sobre o transporte para o Intereclesial, avaliação e conclusão do encontro.






sexta-feira, 25 de janeiro de 2013

RUMO AO 13 INTERECLESIAL DAS CEB's - NOTÍCIAS DA AMPLIADA NACIONAL DAS CEB's


Está acontecendo no Centro de Expansão, Diocese de Crato, o 4º Encontro da Ampliada Nacional das CEBs que teve início ontem, dia 24, e o encerramento será domingo dia 27. A pauta do encontro é sobre os preparativos do 13º Intereclesial das CEBs do Brasil que acontecerá em Juazeiro do Norte-CE de 7 a 11 de janeiro de 2014, por ocasião do centenário da Diocese. Faz-se presente neste encontro representantes dos 17 Regionais do Brasil ligados a CNBB, os bispos Dom Geovani de Tocantinópolis - TO, Dom Adriano de São Feliz do Araguaia - MT e Dom Fernando Panico, juntamente com os assessores nacionais das CEBs Pe. Benedito Ferraro de Campinas - SP, Pe. Nelito Dornellas e Sérgio Coutinho de Brasília, Ir. Mercedes de Goiás Velho - GO e Ir. Tea Frigeres de Belém - PA. Estão presentes também, representantes de todas as Dioceses do Regional Nordeste I (Ceará). Ontem hove a socialização da caminhada das CEBs nos regionais, análise de conjuntura sobre "o Estado que queremos". Hoje terá um estudo sobre a saúde pública e alternativa nas comunidades e o planejamento que está sendo executado pelo secretariado nacional em preparação ao 13º Intereclesial. Na noite de hoje, dia 25, haverá o lançamento do Texto-Base no Círculo Operário do Santuário Nossa Senhora das Dores em Juazeiro do Norte as 19h00 e a coordenação do evento convida a todos os interessados para se fazerem presentes. No sábado, as 15h00, os representantes do encontro estarão visitando as paróquias de Crato, Juazeiro e Barbalha onde ficarão hospedados durante o evento em janeiro de 2014. No domingo serão feitos os comunicados da CNBB e levantamento de propostas para o documento que os bispos devem aprovar na assembleia de abril sobre Comunidades de comunidades: uma nova paróquia; 2014: ano do laicato; e os 50 anos do Concílio Vaticano II. Coordena o encontro da Ampliada Nacional das CEBs o padre Vileci Basílio Vidal, desta Diocese.

terça-feira, 22 de janeiro de 2013

RUMO AO 13 INTERECLESIAL DAS CEB's - BIOGRAFIA DO PADRE IBIAPINA

Padre católico e missionário brasileiro nascido na Vila de Sobral [1806], hoje histórica cidade da Região Noroeste do Estado do Ceará, que recebeu ordens aos 47 anos e iniciou uma obra missionária, visitando várias regiões do Nordeste, erguendo inúmeras casas de caridade, igrejas, açudes e outras obras em muitas cidades do interior, deixando marcas significativas no apostolado do catolicismo e na vida das pequenas comunidades desta região. Era filho de D. Teresa Maria de Jesus e do tenente-coronel Francisco Miguel Pereira, que participou da Confederação do Equador (1824) ao lado de José Martiniano de Alencar, este pai do escritor José de Alencar. Ao final da Confederação, José Martiniano de Alencar foi inocentado, mas o tenente-coronel Francisco Miguel Pereira não teve a mesma sorte e foi fuzilado no Campo da Pólvora em Fortaleza, local que passou a chamar-se, em homenagem aos participantes da confederação, Praça dos Mártires e, atualmente, Passeio Público. Aos dez anos de idade sua família mudou-se para a vila de Icó, onde seu pai passou a exercer a função de tabelião público. Em Icó completou sua educação primária na escola do professor José Felipe. Algum tempo depois (1819) mudou-se com a família para a cidade do Crato, onde seu pai passou a ser tabelião da comarca recém-criada e ele passou a estudar com o professor José Manuel Felipe Gonçalves. Em nova mudança a família se transfere para Fortaleza (1823) e com a morte da mãe ele ingressa no Seminário de Olinda. Com o início do movimento revolucionário denominado de Confederação do Equador e o profundo envolvimento de seu pai, deixou o seminário e voltou para Fortaleza (1824). Inclusive seu pai acrescentou o sobrenome Ibiapina, passando-se a assinar Francisco Miguel Pereira Ibiapina, em uma homenagem à povoação de São Pedro de Ibiapina, como também fizeram outros confederados. Com a derrota do movimento, seu pai foi preso e fuzilado (1825) e, órfão de pai e mãe, passou a trabalhar para sustentar os irmãos menores e manter financeiramente a família. Também resolveu acrescentar o sobrenome Ibiapina e com a família novamente estabilizada, retornou (1828) ao Seminário de Olinda para continuar os estudos. Após seis meses de internato, desistiu da carreira religiosa e ingressou no Curso de Direito de Olinda e bacharelou-se em leis quatro anos depois (1832). No ano seguinte, tornou-se professor substituto de Direito Natural na Faculdade de Olinda, foi eleito Deputado Geral e nomeado Juiz de Direito da Comarca de Campo Maior, hoje Quixeramobim, na mesorregião dos Sertões Cearenses, a terra de Antônio Conselheiro, notável  revolucionário místico da história do Brasil. Depois de alguns anos como juiz em Campo Maior, período em militou no Partido Liberal, resolveu deixar a magistratura e voltar para o Recife (1837) onde passou a exercer a advocacia em Pernambuco e na Paraíba. Solteiro e aparentemente decepcionado com os tribunais e a política, abandonou tudo para seguir a vida religiosa e novamente voltou ao Seminário. Ordenando-se padre (1853) optou pela vida missionária e iniciou uma grande peregrinação pelo sertão nordestino, praticando obras filantrópicas e socorrendo os mais necessitados. Pregando, orientando, promovendo reconciliações e também construindo obras como açudes, igrejas, casas missionárias, cemitérios, dentre outras tantas possíveis, peregrinou por Pernambuco, Ceará, Rio Grande do Norte, Piauí e Paraíba, criando uma legião de seguidores. Com o tempo adquiriu fama de profeta e milagreiro e hoje é venerado como um verdadeiro santo, especialmente pelo interior paraibano, onde foi mais atuante. Faleceu no distrito de Santa Fé, então no município de Arara e hoje no município Solânea, cidade do Brejo da Paraíba, aos 76 anos, deixando uma marca religiosa e social voltada ao povo mais humilde, que alguns historiadores citam que serviu de inspiração para outras notáveis personalidades da história do Nordeste, como Antônio Conselheiro Padre Cícero. Todos os anos, várias romarias chegam ao Santuário de Santa Fé, localizado no distrito de Santa Fé, no município de Solânea, a 120 quilômetros de João Pessoa, capital da Paraíba, principalmente no dia 19 de fevereiro [1883], dia de sua morte. No Santuário encontram-se o túmulo onde o padre foi sepultado, a casa onde ele faleceu, um museu com peças de época usadas pelo Padre Ibiapina, o museu da cada da farinha, casa dos milagres, anfiteatro, Creche da Criança Padre Ibiapina, Caso do encontro, casa paroquial, praça de alimentação e açude. 

Fonte: www.dec.ufcg.edu.br


quarta-feira, 16 de janeiro de 2013

RUMO AO 13 INTERECLESIAL DAS CEB's - BIOGRAFIA DO PADRE CÍCERO


Cícero Romão Batista (Crato, 24 de março de 1844  Juazeiro do Norte, 20 de julho de 1934) foi um sacerdote católico brasileiro. Na devoção popular, é conhecido como Padre Cícero ou Padim Ciço. Carismático, obteve grande prestígio e influência sobre a vida social, política e religiosa do Ceará bem como do Nordeste.
Em março de 2001, foi escolhido "O Cearense do Século" em votação promovida pela TV Verdes Mares em parceria com a Rede Globo de televisão.
Em julho de 2012, foi eleito um dos "100 maiores brasileiros de todos os tempos" em concurso realizado pelo SBT com a BBC.
Biografia
Proprietário de terras, de gado e de diversos imóveis, Cícero fazia parte da sociedade e política conservadora do sertão do Cariri. Sempre teve o médico Floro Bartolomeu como o seu braço direito, e integrava o sistema político cearense que ficou sob o controle da família Accioli durante mais de 2 décadas.
Nascido no interior do Ceará, era filho de Joaquim Romão Batista e Joaquina Vicência Romana, conhecida como dona Quinô. Ainda aos 6 anos, começou a estudar com o professor Rufino de Alcântara Montezuma.
Um fato importante marcou a sua infância: o voto de castidade feito aos 12 anos, influenciado pela leitura da vida de São Francisco de Sales.
Em 1860, foi matriculado no colégio do renomado padre Inácio de Sousa Rolim, em Cajazeiras na Paraíba. Aí pouco demorou, pois a inesperada morte de seu pai, vítima de cólera em 1862, o obrigou a interromper os estudos e voltar para junto da mãe e das irmãs solteiras. A morte do pai, que era pequeno comerciante no Crato, trouxe sérias dificuldades financeiras à família de tal sorte que, mais tarde, em 1865, quando Cícero Romão Batista precisou ingressar no Seminário da Prainha, em Fortaleza, só o fez graças à ajuda de seu padrinho de crisma, o coronel Antônio Luís Alves Pequeno

Ordenação

Durante o período em que esteve no seminário, Cícero era considerado um aluno mediano e, apesar de anos depois arrebatar multidões com seus sermões, apresentou notas baixas nas disciplinas relacionadas à oratória e eloquência.
Cícero foi ordenado padre no dia 30 de novembro de 1870. Após sua ordenação retornou ao Crato e, enquanto o bispo não lhe dava paróquia para administrar, ficou a ensinar latim no Colégio Padre Ibiapina, fundado e dirigido pelo professor José Joaquim Teles Marrocos, seu primo e grande amigo.
Chegada a Tabuleiro Grande
No Natal de 1871, convidado pelo professor Simeão Correia de Macedo, o padre Cícero visitou pela primeira vez o povoado de Juazeiro (numa fazenda localizada na povoação de Juazeiro, então pertencente à cidade do Crato), e ali celebrou a tradicional missa do galo.
O padre visitante, então aos 28 anos, estatura baixa, pele branca, cabelos louros, penetrantes olhos azuis e voz modulada, impressionou os habitantes do lugar. E a recíproca foi verdadeira. Por isso, decorridos alguns meses, exatamente no dia 11 de abril de 1872, lá estava de volta, com bagagem e família, para fixar residência definitiva no Juazeiro.
Muitos livros afirmam que Padre Cícero resolveu fixar morada em Juazeiro devido a um sonho (ou visão) que teve, segundo o qual, certa vez, ao anoitecer de um dia exaustivo, após ter passado horas a fio a confessar as pessoas do arraial, ele procurou descansar no quarto contíguo à sala de aulas da escolinha, onde improvisaram seu alojamento, quando caiu no sono e a visão que mudaria seu destino se revelou. Ele viu, conforme relatou aos amigos íntimos, Jesus Cristo e os doze apóstolos sentados à mesa, numa disposição que lembra a última Ceia, de Leonardo da Vinci. De repente, adentra ao local uma multidão de pessoas carregando seus parcos pertences em pequenas trouxas, a exemplo dos retirantes nordestinos. Cristo, virando-se para os famintos, falou da sua decepção com a humanidade, mas disse estar disposto ainda a fazer um último sacrifício para salvar o mundo. Porém, se os homens não se arrependessem depressa, Ele acabaria com tudo de uma vez. Naquele momento, Ele apontou para os pobres e, voltando-se inesperadamente ordenou: - E você, Padre Cícero, tome conta deles!
Apostolado
Uma vez instalado, formado por um pequeno aglomerado de casas de taipa e uma capelinha erigida pelo primeiro capelão-padre Pedro Ribeiro de Carvalho, em honra a Nossa Senhora das Dores, padroeira do lugar, ele tratou inicialmente de melhorar o aspecto da capelinha, adquirindo várias imagens com as esmolas dadas pelos fiéis.
Depois, tocado pelo ardente desejo de conquistar o povo que lhe fora confiado por Deus, desenvolveu intenso trabalho pastoral com pregação, conselhos e visitas domiciliares, como nunca se tinha visto na região. Dessa maneira, rapidamente ganhou a simpatia dos habitantes, passando a exercer grande liderança na comunidade.
Paralelamente, agindo com muita austeridade, cuidou de moralizar os costumes da população, acabando pessoalmente com os excessos de bebedeira e com a prostituição.
Restaurada a harmonia, o povoado experimentou, então, os passos de crescimento, atraindo gente da vizinhança curiosa por conhecer o novo capelão.
Para auxiliá-lo no trabalho pastoral, o padre Cícero resolveu, a exemplo do que fizera Padre Ibiapina, famoso missionário nordestino falecido em 1883, recrutar mulheres solteiras e viúvas para a organização de uma irmandade leiga, formada por beatas, sob sua inteira autoridade.
Atuou sempre com zelo na recepção dos imigrantes, dentre eles pode-se destacar José Lourenço Gomes da Silva, líder do Caldeirão de Santa Cruz do Deserto.
Suposto Milagre
No ano de 1889, durante uma missa celebrada pelo padre Cícero, a hóstia ministrada pelo sacerdote à religiosa Maria de Araújo se transformou em sangue na boca da religiosa. Segundo relatos, tal fenômeno se repetiu diversas vezes durante cerca de dois anos. Rapidamente espalhou-se a notícia de que acontecera um milagre em Juazeiro.
A pedido de padre Cícero a diocese formou uma comissão de padres e profissionais da área da saúde para investigar o suposto milagre. A comissão tinha como presidente o padre Clycério da Costa e como secretário o padre Francisco Ferreira Antero, contava, ainda, com a participação dos médicos Marcos Rodrigues Madeira e Ildefonso Correia Lima, além do farmacêutico Joaquim Secundo Chaves. Em 13 de outubro de 1891, a comissão encerrou as pesquisas e chegou à conclusão de que não havia explicação natural para os fatos ocorridos, sendo portanto um milagre.
Insatisfeito com o parecer da comissão, o bispo Dom Joaquim José Vieira nomeou uma nova comissão para investigar o caso, tendo como presidente o padre Alexandrino de Alencar e como secretário o padre Manoel Cândido. A segunda comissão concluiu que não houve milagre, mas sim um embuste.
Dom Joaquim se posicionou favorável ao segundo parecer e, com base nele, suspendeu as ordens sacerdotais de padre Cícero e determinou que Maria de Araújo, que viria a morrer em 1914, fosse enclausurada.
Em 1898, padre Cícero foi a Roma, onde se reuniu com o Papa Leão XIII e com membros da Congregação do Santo Ofício, conseguindo sua absolvição. No entanto, ao retornar a Juazeiro, a decisão do Vaticano foi revista e padre Cícero teria sido excomungado, porém, estudos realizados décadas depois pelo bispo Dom Fernando Panico sugerem que a excomunhão não chegou a ser aplicada de fato. Atualmente, Dom Fernando conduz o processo de reabilitação do padre Cícero junto ao Vaticano.
Em 1977, foi canonizado pela Igreja Católica Apostólica Brasileira (diferente da Igreja Católica Apostólica Romana).
Política
Era filiado ao extinto Partido Republicano Conservador (PRC). Foi o primeiro prefeito de Juazeiro do Norte, em 1911, quando o povoado foi elevado a cidade. Em 1926 foi eleito deputado federal, porém não chegou a assumir o cargo.
Em 4 de outubro de 1911, o padre Cícero e outros 16 líderes políticos da região se reuniram em Juazeiro e firmaram um acordo de cooperação mútua bem como o compromisso de apoiar o governador Antônio Pinto Nogueira Accioli. O encontro recebeu a alcunha de Pacto dos Coronéis, sendo apontado como uma importante passagem na história do coronelismo brasileiro.
Em 1913, foi destituído do cargo pelo governador Marcos Franco Rabelo, voltando ao poder em 1914, quando Franco Rabelo foi deposto no evento que ficou conhecido como Sedição de Juazeiro. Foi eleito, ainda, vice-governador do Ceará.
Ao fim dos anos 20, o padre Cícero começou a perder a sua força política, que praticamente acabou depois da Revolução de 1930. Seu prestígio como santo milagreiro, porém, aumentaria cada vez mais.
Ligação com o Cangaço
Virgulino Ferreira da Silva, o Lampião, era devoto de padre Cícero e respeitava as suas crenças e conselhos. Os dois se encontraram uma única vez, em Juazeiro do Norte, em 1926. Naquele ano, a Coluna Prestes, liderada por Luís Carlos Prestes, percorria o interior do Brasil desafiando o Governo Federal. Para combatê-la foram criados os chamados Batalhões Patrióticos, comandados por líderes regionais que muitas vezes arregimentavam cangaceiros.
Existem duas versões para o encontro. Na primeira, difundida por Billy Jaynes Chandler, o sacerdote teria convocado Lampião para se juntar ao Batalhão Patriótico de Juazeiro, recebendo em troca, anistia de seus crimes e a patente de Capitão[8]. Na outra versão, defendida por Lira Neto e Anildomá Willians, o convite teria sido feito por Floro Bartolomeu sem que padre Cícero soubesse.
O certo é que ao chegarem em Juazeiro, Lampião e os 49 cangaceiros que o acompanhavam, ouviram padre Cícero aconselhá-los a abandonar o cangaço. Como Lampião exigia receber a patente que lhe fora prometida, Pedro de Albuquerque Uchoa, único funcionário público federal no município, escreveu em uma folha de papel que Lampião seria, a partir daquele momento, Capitão e receberia anistia por seus crimes. O bando deixou Juazeiro sem enfrentar a Coluna Prestes.
Falecimento
O padre Cícero faleceu em Juazeiro do Norte em 20 de julho de 1934, aos 90 anos. Encontra-se sepultado na Igreja de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro na mesma cidade do Ceará.

Fonte: www.wikipedia.org








terça-feira, 15 de janeiro de 2013

RUMO AO 13 INTERECLESIAL DAS CEB's - BIOGRAFIA DA BEATA MARIA DE ARAÚJO


Maria Magdalena do Espírito Santo de Araújo, mais conhecida como Beata Maria de Araújo, (Juazeiro do Norte, 23 de maio de 1863  17 de janeiro de 1914) foi uma religiosa brasileira, declarada beata pela devoção popular, mas não pela Igreja Católica.
Era filha de Antônio da Silva Araújo e Ana Josefa do Sacramento.
Desde pequena já levava uma vida árdua, tendo os seus pais falecidos logo cedo. Trabalhava com artesanato, fiando algodão e fazendo bonecas de pano para a venda. Padre Cícero mandava-a ensinar artesanato para outras crianças. Também trabalhou numa olaria com fazendo a contagem dos tijolos.
Em 1885, aos seus 22 anos, passou a usar os hábitos de freira. Passou a ser considerada "beata" pelo povo após um retiro espiritual administrado pelo padre Cícero e pelo padre Vicente Sóter de Alencar. Por ser órfã, passou a residir na casa de padre Cícero, que tinha uma dedicação especial por ela.
O fato mais importante de sua vida foi o milagre da hóstia acontecido em 1 de março de 1889. Ao receber a hóstia, em uma comunhão oficiada por Padre Cícero, na capela de Nossa Senhora das Dores, a "beata" não pôde degluti-la, pois a hóstia transformara-se em sangue. O fato repetiu-se, e o povo achou que se tratava do sangue de Jesus Cristo e, portanto, era um milagre.
O povoado de Juazeiro do Norte passou a ser alvo de peregrinação, pois a multidão queria ver a beata e tratava os panos manchados de sangue como objetos divinos. O jornalista José Marrocos divulgou o fato ocorrido e se tornou um ardoroso defensor do milagre.
A notícia rapidamente chegou aos ouvidos do bispo D. Joaquim José Vieira que chamou o Padre Cícero a Fortaleza para esclarecer o acontecido. O bispo ficou intrigado com o relato ouvido, mas, pressionado por alguns segmentos da Igreja Católica que não aceitaram o relato, enviou dois sacerdotes de sua confiança, os padres Clicério da Costa Lobo e Francisco Pereira Antero, para investigar os acontecimentos. Depois de algumas experiências e de ouvirem relatos de testemunhas, deram o caso como divino.
O bispo não gostou do resultado e convocou uma nova comissão constituída pelos padres Antônio Alexandrino de Alencar e Manuel Cândido, a qual concluiu não haver milagre. O relatório do inquérito foi enviado à Santa Sé, em Roma, e esta confirmou a decisão tomada pelo bispo.
Maria de Araújo passou os últimos anos de sua vida enclausurada até falecer em 1914. O local onde estão seus restos mortais é desconhecido.


Fonte:   wikipedia.org

domingo, 13 de janeiro de 2013

RUMO AO 13º INTERECLESIAL DAS CEB's - BIOGRAFIA DO BEATO JOSÉ LOURENÇO


O Ceará, distante do litoral, embora possua mananciais de água potável e possua uma flora invejável, também sofreu com períodos longos de chuvas escassas, que levou o povo a situações de verdadeira calamidade. No século XX , a falta de apoio por parte dos políticos é notória e a seca no nordeste, mantém cativa uma boa parte da população, que tem como opções de sobrevivência o misticismo religioso, o trabalho escravo nos latifúndios dos coronéis ou o cangaço, que tem como líderes, o lendário Virgulino Ferreira da Silva (O Lampião) e Antônio Vicente Mendes Maciel ( Antônio Conselheiro).
A fé do Nordestino, que manifesta-se em épocas de romaria, teve início em meados do século XX com o surgimento de diversas crenças religiosas cristãs e pagãs. Líderes religiosos e profetas populares enxergavam a miséria como castigo divino e sinal dos fins dos tempos. Encorajavam o povo a fazer penitências para obter a salvação de suas almas e assim terem acesso ao paraíso.
Nesse período de sofrimento entra em cena José Lourenço Gomes da Silva, que vem desempenhar um papel importante na história do Ceará.
Natural da Paraíba, ainda jovem deixou seu lar para trabalhar em fazendas de gado próximas a sua cidade. A fama do Padre Cícero e seus feitos propaga-se pelo Nordeste e chega aos ouvidos dos seus pais que
mudaram para Juazeiro do Norte, no Ceará. José Lourenço retornou a casa paterna, agora sediada em Juazeiro do Norte, no ano de 1890. Conquistou a amizade do famoso padre e se integrou às seitas de penitentes, (Os praticantes rezavam em cemitérios pelas almas do purgatório e praticavam a auto-flagelação para a purificação dos pecados).
Adaptando-se a vida na localidade, José Lourenço Arrendou o sitio Baixa Dantas e ali formou uma comunidade de 1894 a 1926, onde desenvolveu a sua primeira experiência de trabalho igualitário, onde tudo era de todos. A comunidade crescia a cada dia que muitas famílias eram envidas pelo Pe. Cícero para lá, por não terem trabalho e nem onde morar.
Em 1921, Pe. Cícero fez a doação de um boi para melhorar a raça do gado local e assim surgiu um boato de que o boi estava sendo adorado pela comunidade do sítio. Floro Bartholomeu, chefe militar de Juazeiro, num ato denominado por ele de “Combate ao Fanatismo” prendeu o Beato José Lourenço por mais de 18 dias, matou o boi, vendeu as terras e expulsou os camponeses sem nenhuma indenização.
Padre Cícero compadeceu-se e os enviou para a fazenda de sua propriedade, Caldeirão dos Jesuítas, um terreno árido de 500 hectares, limitado ao norte pela caatinga e ao sul pela Floresta do Araripe. Os camponeses não desanimaram e trabalharam arduamente até transformar o lugar em terras férteis e produtivas . O caldeirão foi povoado por famílias de todo o Nordeste, em sua grande maioria provenientes do Rio Grande do Norte. Mais de 2 mil pessoas viviam harmoniosamente em regime de mutirão, e o que se plantava ou fabricava na comunidade era dividido de acordo com a necessidade de cada família. O que não produziam era comprado nas cidades vizinhas. Assim os camponeses viveram em liberdade, longe da tirania e da escravidão dos coronéis.
A comunidade era pacífica e vivia da lavoura e de orações, porém, José Lourenço, seu líder, continuava sendo considerado uma ameaça pelas elites do Ceará, que viam no beato um líder comunista.
Com a morte do Pe. Cícero, aproveitaram-se do fato das terras pertencerem aos padres salesianos pelo testamento religioso desde 1923, e a ordem dos padres salesianos passou a cobrar tributos pelo usufruto da terra. Em 1936, o Bacharel Raymundo Norões Milfont, representante político dos padres, solicitou reintegração de posse do terreno.
Ainda em 1936, autoridades ouviram relatos do Capitão da polícia militar José Bezerra, que havia espionado a comunidade em busca de armas e apesar de não as ter encontrado, falou que temia que houvesse uma grande revolução socialista, pelo interior, caso a comunidade caísseem mãos Marxistas; pois havia muita gente no arraial. E assim no dia 11 de setembro 1936, os policiais militares entraram marchando na comunidade e apesar de não haverem encontrado o Beato José Lourenço que fugira para a Serra do Araripe, queimaram mais de 40 casa de taipa, expulsaram os moradores e prenderam homens de confiança do Beato.
Retornaram 14 dias depois e encontraram pessoas da comunidade dispersas no pé da Serra da Conceição e na Serra do Araripe, sob constante maus tratos das autoridades.
No início de 1937, correram boatos de que grupos de pessoas chefiados por Severino Tavares, atacariam o Crato. Então 11 Soldados liderados pelo capitão Bezerra, foram checar as informações, entraram em conflito com os camponeses e morreram. Dentre eles: O capitão, três praças e cinco camponeses, inclusive o Severino.
O acontecimento gerou revolta por parte do governo. O Ministro da Guerra Eurico Gaspar Dutra, para vingar a morte do capitão, colocou a disposição do governo cearense aviões sob a responsabilidade do Capitão José Macedo para reconhecimento da zona e localização dos camponeses e com ordens para matar qualquer pessoa vestida de preto que portasse um rosário. Em 11 de Maio de 1937, cerca de 700 lavradores foram massacrados pelos aviões, e 200 patrulheiros vasculharam a Chapada do Araripe. Mesmo depois do massacre os policiais continuaram a busca e o extermínio.
Em 1938, José Lourenço retornou ao Caldeirão e lá permaneceu por mais dois anos, até ser expulso novamente pelo procurador dos salesianos. Montou outra comunidade no Sítio União, no Exu, comprado com os 7 contos de réis recebidos em indenização por parte dos bens do caldeirão. O beato veio a falecer em 12 de fevereiro de 1946 no Sítio União, vítima de peste bubônica. O corpo foi levado pelos fiéis à Juazeiro do Norte. Pediram que o monsenhor Joviniano Barreto rezasse uma missa de corpo presente. O monselhor não permitiu que entrassem com o corpo na capela e se negou a atender ao pedido dos fiéis, alegando que não celebrava missa para bandido. O velório foi feito na casa de Eleutério Tavares e debaixo de chuva os amigos do beato fizeram o sepultamento do corpo no Cemitério do Socorro.

Texto: Evandro Rodrigues de Deus
www.acessogeral.blogspot.com.br

quarta-feira, 9 de janeiro de 2013

FALTAM 365 DIAS PARA O 13º INTERECLESIAL DAS CEB's


Doze foram os Intereclesiais até agora realizados. Estamos esperançosos e, em contagem regressiva para o 13º Intereclesial das CEB's que acontecerá  nos dias 07 a 11 de janeiro de 2014 na Cidade e Diocese do Crato-CE. As CEB's do Regional Nordeste 3 (BA/SE) da CNBB estará presente mais uma vez. O ano de 2013 será de grande preparação para vivenciar a Caminhada e Romaria das Comunidades que é o Intereclesial nas terras do Padre Cícero Romão Batista, da Beata Maria de Araújo e Beato José Lourenço Gomes da Silva.