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quarta-feira, 27 de março de 2013

ÉDEN VERSUS GETSÊMANI


Quando lerem esta postagem, vocês, estimados internautas irão perceber o real significado do título – Éden versus Getsêmani.  Isso porque estamos às vésperas de um momento bem festivo, de uma Semana Maior, onde reunimos a família para lembrarmos do sacrifício único e verdadeiro, em que uma única Pessoa atraiu todos aqueles que se encontravam dispersos pelo mundo inteiro, sem esquecer daquela famosa e quase obsoleta frase: Feliz Páscoa!”. Incrível como relativizamos esse grande acontecimento na história da humanidade. Antes, uma festa em comunidade, hoje não passa de um festejo tão consumista, tão individualista que, o espírito pascoalino tornou-se artificial..
Éden assinala o conflito do homem consigo mesmo, onde tenta se igualar ao Criador, fazendo-se um deus que podia ter o conhecimento de todas as coisas – do bem e do mal. É a partir dessa tentação que o homem se torna infeliz e, ao mesmo tempo, algoz dos seus irmãos, tornando o mundo num verdadeiro caos.
Infelizmente, o querer tornou o homem mais desejoso por três coisas: ter, poder e ser, que nos dias de hoje, podem ser encontrados em diversas faces, como: deus-consumo (“Me digas o que compras que te direi quem tu és?”); deus política (“Eu amo a Bahia e a Bahia me ama!”), deus-individualista (“Eu posso!” “Tudo é meu!” “Meu Deus, meu tudo...”); deus da morte ou coisas do “mundo” (desvio de verbas, mensalão, sanguessuga, corrupção, violência, omissão, opressão, intolerância, discriminação sócio-racial e a fome); deus-mentira (“Não sei de nada” “Não fui eu” “Fui enganado”); deus-ciência (A clonagem, a tecnologia, a manipulação genética) e, todo tipo de deus que possamos imaginar, através da auto-suficiência, da ganância e da tentação.
Getsêmani representa a vitória, a obediência e a honestidade contra todo tipo de tentação e sinal de morte que viesse a escravizar.  É a recuperação daquilo que fora perdido no Éden – A Dignidade. Essa dignidade que se fez realidade graças Àquele que se escarnou na história para fazê-la acontecer, dando sentido ao projeto e a vontade de Deus, por meio dos sinais de esperança, persistência em vencer as dificuldades do dia-a-dia, resultando em fraternidade, liberdade e solidariedade, onde o homem e a mulher mesmo sendo imperfeitos, são as criaturas mais perfeitas da Criação.
 Getsêmani (Jesus Cristo) é presença constante em nossas vidas. Mora em nossos corações. Faz a alegria daqueles que acreditaram e acreditam no seu propósito: de reunir todos nas suas diferenças (bons e maus) em um único banquete – o da Vida, sendo comunhão e participação (o humano e o divino juntos), no tempo e espaço (passado-presente-futuro), rumo a um mundo cada vez mais atento às necessidades atuais, mesmo diante das nossas imperfeições que podem ser chamadas de: As oficinas da dinâmica.
 Que todos tenham uma Feliz e Santa Páscoa do Senhor Jesus Cristo. Amém, Axé, Awêre, Aleluia!

Pe.  Paulo Silva
Membro da Assessoria das CEBs
 na Diocese de Jequié-BA
 e no Regional Nordeste III da CNBB BA/SE 

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