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"GENTE SIMPLES
FAZENDO COISAS PEQUENAS,
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CONSEGUEM COISAS EXTRAORDINÁRIAS". Provérbio Africano

sexta-feira, 23 de novembro de 2012

CARTA PASTORAL DO BISPO DIOCESANO


Dom José Ruy Gonçalves Lopes, OFM Cap.
Por mercê de Deus e da Sé Apostólica
Bispo Diocesano de Jequié-BA

Ao Clero
Aos Religiosos e Religiosas
Ao Povo de Deus
Às Pessoas de Boa Vontade,

Paz e Bem no Senhor!

Escrevo-lhes pela primeira vez na condição de Pastor e Pai. De coração alegre, mas muito consciente da missão, tomei a iniciativa desta Carta Pastoral.
As demandas do tempo presente são enormes, o relativismo grassa até mesmo em consciências já formadas. Evidentemente, muitos são aqueles que “não conhecendo a Deus não podem amá-lo” (Agostinho) e mais ainda, não podem encontrar em sua fé as respostas necessárias para os males e desafios do tempo presente. Muitos, infelizmente, ainda procuram respostas numa catequese recebida em tempos de infância.
Por isso, de forma extremamente sábia o Santo Padre, o Papa Bento XVI, decretou no último dia 11 deste mês de outubro, o Ano da Fé. Conforme o Motu Próprio, assim motiva o Sumo Pontífice: “redescobrir o caminho da fé para fazer brilhar, com evidência sempre maior, a alegria e o renovado entusiasmo do encontro com Cristo” (Porta Fidei 2).
Num gesto de comunhão eclesial com o sucessor de Pedro, queremos responder, como Igreja Particular de Jequié, aos apelos contidos no Documento Porta Fidei, a respeito desse momento privilegiado da Graça de Deus: “celebrar este Ano de forma digna e fecunda. Deverá intensificar-se a reflexão sobre a fé, para ajudar todos os crentes em Cristo a se tornarem mais conscientes e revigorarem a sua adesão ao Evangelho, sobretudo num momento de profunda mudança como este que a humanidade está a viver. Teremos oportunidade de confessar a fé no Senhor Ressuscitado nas nossas catedrais e nas igrejas do mundo inteiro, nas nossas casas e no meio das nossas famílias, para que cada um sinta fortemente a exigência de conhecer melhor e de transmitir às gerações futuras a fé de sempre. Neste Ano, tanto as comunidades religiosas como as comunidades paroquiais e todas as realidades eclesiais, antigas e novas, encontrarão forma de fazer publicamente profissão do Credo” (Porta Fidei 8)
O Encontro pessoal com o Ressuscitado deve nos levar ao encontro com cada irmão, pois “O Ano da Fé será uma ocasião propícia também para intensificar o testemunho da caridade. Lembra-nos Tiago: ‘De que aproveita, irmãos, que alguém diga que tem fé, se não tiver obras de fé? Acaso essa fé poderá salvá-lo?...’ A fé sem a caridade não dá fruto, e a caridade sem a fé seria um sentimento constantemente à mercê da dúvida. Fé e caridade reclamam-se mutuamente, de tal modo que uma consente à outra realizar o seu caminho” (Porta Fidei 14).
Próximo do encerramento deste memorável ano da fé, haverei de publicar em nossa Diocese de Jequié uma outra carta a respeito da concretização do que foi estudado, ensinado, vivido...
Por ora, conclamo a todos os sacerdotes, religiosos e religiosas, pastorais e movimentos, grupos e associações a construirmos em nossas comunidades, capelanias e paróquias, durante todo o ano da fé, grupos de estudos que se detenham nas verdades de nossa fé (O Símbolo Apostólico), no Catecismo da Igreja Católica e também nos Documentos do Concílio Vaticano II. Se assim fizermos estaremos crescendo na fé, aproximando-nos do Senhor e comprometendo-nos com a nossa Igreja.
Meus diletos filhos e filhas, busquemos em nossa fé a raiz mais essencial de nossa vida. Uma fé madura, fruto da vivência de quem experimentando o amor do Pai, o Abbá, sabe lançar-se confiantemente em seus braços.
Abramos as portas de nossa fé abrindo as portas de nossos corações para o Deus-Conosco a fim de que Ele permaneça sempre.
Aos 18 dias do mês de outubro do ano da Graça de 2012, festa do apóstolo São Lucas, em nosso Seminário Diocesano João Paulo II.

    + Dom José Ruy Gonçalves Lopes, OFM Cap
`                                                                               Bispo de Jequié




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