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"GENTE SIMPLES
FAZENDO COISAS PEQUENAS,
EM LUGARES POUCO IMPORTANTES,
CONSEGUEM COISAS EXTRAORDINÁRIAS". Provérbio Africano

segunda-feira, 17 de dezembro de 2012

REX HUMANITATIS VERSUS REX POTESTATIS


  Ao lerem este texto, vocês irão perceber o real significado do título - Rex Humanitatis versus Rex Potestatis (O rei da Humanidade contra O rei do Poder). Isso porque estamos às vésperas de um momento bem festivo, onde reunimos a família para a ceia, trocamos os presentes e, saudamos uns aos outros com aquela velha e famosa frase “Feliz Natal e Próspero Ano Novo!”. Incrível como fazemos todos os anos. É claro que, sempre há alguém na família lembrando daquela pobre criança que trouxe alegria para “muitos” e contradição para poucos.
O nascimento desta Criança vem caracterizar a vinda de um momento novo, de um jovem reino como podemos dizer. Esse rei (Rex Humanitatis) incomoda, não pelo seu chorar, mas por trazer uma novidade, incomoda pelo fato de crescer, de dinamizar a convivência. O interessante de tudo isso é que a Paz que traz não é armamentista e, sim, questionadora, diferentista, tolerante, e dignificatória para todos.
Diante dessa nova realidade, o velho sempre teme em perder o espaço, a fama e, o poder, aliás, o poder lhe serviu tanto para libertar como para oprimir, mas em se tratando do Rex Potestatis, o seu objetivo é: ser tirânico a tal ponto de eliminar os seus opositores. Ao se deparar com a grande novidade, resolveu se livrar de forma despótica mandando matar todas aquelas pobres e inocentes crianças, pensando ter se livrado daquele Menino. Para a sua infelicidade, o novo sobreviveu e, ele (Rex Potestatis) chegou ao fim.
Hoje em dia, vemos a faceta de poder de várias formas: deus-consumo (“Me digas o que compras que te direi quem tu és?”); deus-política (“Eu amo a Bahia e a Bahia me ama!”), deus-egoísta (“Eu posso!” “Tudo é meu!”); deus-corrupção (fraudes, desvio de verbas, mensalinho, mensalão e propina); deus-mentira (“Não sei de nada” “Não fui eu” “Fui enganado”); deus-violência e todos os tipos de deuses que possamos imaginar.
       Mas, e o Deus da História (Humanidade)? Quem é? Se quiserem realmente saber, procurem a partir da sua casa, vizinhança, bairro e principalmente na periferia da cidade, onde vamos encontrar no rosto de cada sem-teto, sem-emprego, sem-amor, sem-educação, nos pais e mães de família, órfãs, viúvas, estrangeiros e dependentes químicos resquícios deste Deus que se encarnou na história da humanidade para dar sinais de esperança, persistência em vencer as dificuldades do dia-a-dia, dignidade, fraternidade, liberdade e solidariedade.
        Rex Humanitatis está presente em nossas vidas, mora em nossos corações, faz alegria de muitos–poucos que acreditaram e acreditam no seu bom propósito, de reunir todos nas suas diferenças (bons e maus) em um único banquete - o da vida, sendo comunhão e participação no tempo e espaço, rumo a um mundo cada vez mais atento às necessidades atuais, mesmo diante das nossas imperfeições que podem ser chamadas de as oficinas da dinâmica. Feliz Natal e Próspero 2013 repleto de realizações!

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