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Ao lerem este texto, vocês irão perceber o real significado do título - Rex
Humanitatis versus Rex Potestatis (O rei da Humanidade contra O rei
do Poder). Isso porque estamos às vésperas de um momento bem festivo, onde
reunimos a família para a ceia, trocamos os presentes e, saudamos uns aos
outros com aquela velha e famosa frase “Feliz Natal e Próspero Ano Novo!”.
Incrível como fazemos todos os anos. É claro que, sempre há alguém na família
lembrando daquela pobre criança que trouxe alegria para “muitos” e contradição
para poucos.
O nascimento desta
Criança vem caracterizar a vinda de um momento novo, de um jovem reino como
podemos dizer. Esse rei (Rex Humanitatis) incomoda, não pelo seu chorar,
mas por trazer uma novidade, incomoda pelo fato de crescer, de dinamizar a
convivência. O interessante de tudo isso é que a Paz que traz não é
armamentista e, sim, questionadora, diferentista, tolerante, e dignificatória
para todos.
Diante dessa nova
realidade, o velho sempre teme em perder o espaço, a fama e, o poder, aliás, o
poder lhe serviu tanto para libertar como para oprimir, mas em se tratando do Rex
Potestatis, o seu objetivo é: ser tirânico a tal ponto de eliminar os seus
opositores. Ao se deparar com a grande novidade, resolveu se livrar de forma
despótica mandando matar todas aquelas pobres e inocentes crianças, pensando
ter se livrado daquele Menino. Para a sua infelicidade, o novo sobreviveu e,
ele (Rex Potestatis) chegou ao fim.
Hoje em dia, vemos a
faceta de poder de várias formas: deus-consumo (“Me digas o que compras que
te direi quem tu és?”); deus-política (“Eu amo a Bahia e a Bahia me
ama!”), deus-egoísta (“Eu posso!” “Tudo é meu!”); deus-corrupção (fraudes,
desvio de verbas, mensalinho, mensalão e propina); deus-mentira (“Não
sei de nada” “Não fui eu” “Fui enganado”); deus-violência e todos os tipos
de deuses que possamos imaginar.
Mas, e o Deus da História (Humanidade)? Quem é? Se
quiserem realmente saber, procurem a partir da sua casa, vizinhança, bairro e
principalmente na periferia da cidade, onde vamos encontrar no rosto de cada
sem-teto, sem-emprego, sem-amor, sem-educação, nos pais e mães de família,
órfãs, viúvas, estrangeiros e dependentes químicos resquícios deste Deus que se
encarnou na história da humanidade para dar sinais de esperança, persistência
em vencer as dificuldades do dia-a-dia, dignidade, fraternidade, liberdade e
solidariedade.
Rex Humanitatis está presente em nossas vidas,
mora em nossos corações, faz alegria de muitos–poucos que acreditaram e
acreditam no seu bom propósito, de reunir todos nas suas diferenças (bons e
maus) em um único banquete - o da vida, sendo comunhão e participação no tempo
e espaço, rumo a um mundo cada vez mais atento às necessidades atuais, mesmo
diante das nossas imperfeições que podem ser chamadas de as oficinas da
dinâmica. Feliz Natal e Próspero 2013 repleto de realizações!
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