CEBs

"GENTE SIMPLES
FAZENDO COISAS PEQUENAS,
EM LUGARES POUCO IMPORTANTES,
CONSEGUEM COISAS EXTRAORDINÁRIAS". Provérbio Africano

segunda-feira, 11 de novembro de 2013

AS CEBs E OS DESAFIOS DO ECUMENISMO

Caros irmãos e irmãs,
 companheiros, companheiras,
 militantes das CEBs do Regional Nordeste 3 BA/SE

A maior necessidade da natureza humana é a religião. A alma pede por uma experiência religiosa assim como o corpo pede por alimento e a mente por conhecimento. É este apetite espiritual que tem levado os homens e mulheres, de todas as partes do mundo, desde os primórdios dos tempos, a buscar Deus e, ás vezes, encontrá-lo. As principais religiões sempre foram formadas mediante a revelação divina. A revelação divina nos chega através de canais humanos que, por sua vez, contribuem com as falhas humanas das religiões. São nossas idéias sobre o eterno, o criador, sobre javé, oxalá ou simplesmente Deus, que vivemos em constante mudança e aperfeiçoamento, que constituem as mais variadas religiões. É o elemento humano, dentro das religiões, que as divide. E é o elemento divino entre elas que as reúne como um fio dourado formando um imenso colar de pérolas.
Numa religião é bastante perfeita para conduzir o homem e a mulher a realizar a divindade em si. Toda religião tem seus pontos fortes e seus pontos fracos e acabam se completando umas ás outras. Em algumas religiões os conceitos são insuficientes ou inadequados e a organização é perfeita. Em outras as formas de cultos são elevados e nobres enquanto o ensinamento religioso é insatisfatório. A religião perfeita, que atende a todas as necessidades humanas, é um ideal. Não podemos supor que um dia venha a existir uma religião universal porque lhe faltaria conteúdos históricos faltariam raízes, e por tanto seria uma religião sem vida, seria artificial.
Amamos nossa religião, mas esse amor jamais deveria nos levar a excluir ou até mesmo odiar as outras. Devido á modernidade, é inevitável que tenhamos contato com as mais diferentes formais de religiões. Movidos pelo respeito, simpatia e reverencia podemos, ao tentar compreender as diferenças, aprofundar e fortalecer nossa própria religião.
O homem verdadeiramente religioso visa somente a verdade. Gandhi dizia que caminhamos de verdade relativa em verdade relativa para, um dia, chegamos á verdade. Como a finalidade de todas as regiões é conhecer a Deus e passar esse conhecimento aos seus seguidores e seguidoras, podemos ver as religiões como aliados engajados numa causa nobre, elevada e comum. Cada parte de nosso ser tem um lugar próprio dentro delas porque todas possuem elemento que visam melhorar todas as partes do nosso ser. Assim sendo, cada religião podem e devem contribuir para a transformação social e espiritual.
Chamamos de ecumenismo a busca da unidade entre as igrejas cristãs. Importante, quando estão envolvidas outras religiões o processo de entendimento mutuo se chama dialogo inter-religioso. Cristãos de diferentes igrejas são praticantes da mesma religião. Tem uma base comum. Pertence á mesma grande família de fé. O ecumenismo que não queremos é: Mistura de tudo num novo cristianismo, disfarce  para uma igreja dominar a outra, algo que afaste as pessoas de sua própria igreja, fingir que as diferenças não existem, diria que a mais importante, isto não pode fazer parte da pratica dos cristãos, DESVALORIZAR A IGREJA DO OUTRO.
O ecumenismo por tanto é: Dialogar, respeitar as diversidades, valorizar tudo que já une as igrejas e as religiões, trabalhar na construção de uma nova sociedade, de um mundo novo possível, olhem bem “igrejas unidas tem mais forças para defender a justiça e a pratica da paz”  O ecumenismo exige um coração voltado para a paz e a valorização do outro. Não basta realizar atos ecumênicos, é preciso ter de fato a espiritualidade do dialogo. Eis o desafio, construir o ecumenismo no atual contexto com quem acredita em um mundo diferente e possível.


Itaberaba-BA, 07 de novembro de 2013
Tiago Aragão
Coordenador das CEBs
 do Regional Nordeste 3 CNBB - BA/SE.

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